quinta-feira, 23 de junho de 2022

Caminhar Transformado

Quem reconhece a própria culpa se fortalece, pois ela se manifesta como força. Quando alguém assume a culpa e suas consequências em lugar de outro, isso o enfraquece, bem como ao outro, pois tira dele a força para fazer algo de bom.



"Eu amo seu pai em você e estou de acordo que se torne como ele."



"Eu sigo você."

"Antes eu do que você."

"Eu morro com você."



O mundo passou por um idade de ouro. As pessoas iam dormir e de manhã o trabalho aparecia feito. Isso durou até que alguém quis saber a razão.



Transferência do sujeito - sentir algo em vez do outro, em nome do outro

Transferência do objeto - transferir a projeção do que o outro sente numa pessoa de nossa própria realidade atual

Quando as pessoas sentem que estão com razão, com verdadeira razão, então existe na maioria dos casos, uma dupla transferência. Quando se trata do próprio direito as pessoas não se empenham tanto quanto no direito alheio.



Não se deve pedir perdão. Quando alguém me pede perdão, empurra para mim a responsabilidade por sua culpa. Da mesma forma, quando alguém se confessa, empurra para o outro as consequências do seu comportamento.

O psicoterapeuta pode resguardar-se dizendo interiormente "não quero saber disso". No ato de perdoar existe sempre um desnível de cima para baixo, que impede uma relação de igualdade. Pelo contrário, se você diz: "sinto muito", você se coloca de frente para o outro. Então você preserva sua dignidade e para a outra pessoa é bem mais fácil ir ao seu encontro do que se você lhe pedir perdão.




Uma vez apareceu um anjo a Jacó. Este agarrou-se ao anjo e o anjo disse "larga-me" e Jacó disse: "não te largarei até que me abençoes". Só então puderam separar-se.



A tristeza própria, se justificada, fortalece. Ela tem muita força. Já a tristeza alheia não serve de nada. Quando alguém chora, os que choram junto se enfraquecem. Só quem chora com razão se fortalece com isso.




Tudo o que é profundamente humano encontra em cada um uma ressonância e o que acontece aqui é sempre profundamente humano. Mas quando você aplica isso a si mesmo de uma forma especial, você age como se tivesse vocação de esponja. Não se deve aplicar isso a si. É importante colocar limites.

Soltar significa caminhar transformado.



em As Ordens do Amor de Bert Hellinger


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