Isso não se pode entender totalmente. Você apenas percebe os efeitos e vê uma solução. Quando continua a procurar e finalmente acredita que encontrou todas as causas, apenas imagina que possui alguma coisa, pois todas essas causas acabam se perdendo na obscuridade. Você já viu tudo que necessita para a solução, e tornará a perdê-la se continuar pesquisando.
O bom conhecimento está direcionado para uma realização. Quando quero saber mais do que necessito para ela, o conhecimento atua destrutivamente, tornando-se um substitutivo da ação.
FRANK: A pergunta básica que me ocorre é propriamente a seguinte: se essa constelação está certa, seria correto que os filhos ficassem comigo?
HELLINGER: Naturalmente, é correto.
FRANK: Isso contradiz o que vejo no momento, pois eles parecem estar felizes com a mãe.
HELLINGER: Naturalmente. Sua mulher é, sem dúvida, uma boa mãe. Por conseguinte, você não precisa decider agora coisa alguma. Precisa apenas levar consigo a imagem de que isso é acertado, e então deixar que ela trabalhe por você.
FRANK: Está bom assim.
HELLINGER: A imagem faz isso por você. Você deve esperar, até que ela produza seu efeito. OK?
Um filho não precisa assumir as dívidas de seus pais. Isso é assunto pessoal dos pais e não diz respeito aos filhos.
DAGMAR: Quer dizer que ela pode decidir-se de antemão a não assumir isso?
HELLINGER: Tem toda a liberdade de fazê-lo. Deve agir, porém, de maneira a ficar em paz com os pais. Por isso, pode dizer tranquilamente que assumirá, mas depois da partilha não precisará fazê-lo. E ainda, se uma herança estiver gravada por outra circunstância, por exemplo, por uma injustiça, será melhor que o filho se abstenha de recebê-la. Caso contrário, ficará enredado na fatalidade alheia.
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