"Sei que estou vivo e cresço sobre a terra.
Não porque tenha mais poder,
Nem mais saber, nem mais haver.
Como lábio que suplica outro lábio,
Como pequena e branca chama
De silêncio,
Como sopro obscuro do primeiro crepúsculo,
Sei que estou vivo, vivo
Sobre o teu peito, sobre os teus flancos,
E cresço para ti."
Eugénio de Andrade
Não porque tenha mais poder,
Nem mais saber, nem mais haver.
Como lábio que suplica outro lábio,
Como pequena e branca chama
De silêncio,
Como sopro obscuro do primeiro crepúsculo,
Sei que estou vivo, vivo
Sobre o teu peito, sobre os teus flancos,
E cresço para ti."
Eugénio de Andrade
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